quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A ÊNFASE DOS APÓSTOLOS

Sob a perspectiva de John Stott(a cruz de cristo- livro), veremos qual era a ênfase dos apóstolos: Afirma-se com frequência que, no livro dos Atos, a ênfase dos apóstolos foi sobre a ressureição em vez de a morte de Jesus, e que, de qualquer modo, não deram explicação doutrinária da sua morte. A evidência não sustenta nenhum destes argumentos. Lucas tece a sua história em torno dos dois apóstolos Pedro e Paulo, e supre cinco amostras de sermões evangelísticos de cada um deles, umas mais curtas e outras mais longas. Assim, temos os sermões que Pedro pregou no dia do Pentecoste e o que entregou no recinto do templo, resumos breves do que ele disse durante seus dois julgamentos pelo Sinédrio, e o relato bastantes completo de sua mensagem ao centurião gentio Cornélio e à sua casa. Já Paulo, ele contrasta o sermão do apóstolo aos judeus na sinagoga de Antioquia da Pisídia com o entregue aos pagãos ao ar-livre em Listra. Mais dois na segunda viagem missionária, a saber, aos judeus de Tessalônica e os filósofos de Atenas, e resume seu ensino aos dirigentes judaicos de Roma. A proclamação de ambos os apóstolos possuía um centro que podia ser reconstruido como se segue:

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A CRUZ DE CRISTO

Analizaremos, três verdades que a cruz nos mostra, sob a perspectiva de John Stott, no livro A Cruz de Cristo.
A cruz reforça três verdades: acerca de nós mesmos, acerca de Deus e acerca de Jesus Cristo.
Primeira, nosso pecado deve ser extremamente horrível. Nada revela a gravidade do pecado como a cruz. Pois, em última instância, o que enviou Cristo ali não foi nem a ambição de Judas, nem a inveja dos sacerdotes, nem a covardia vacilante de Pilatos, mas a nossa própria ganância, inveja, covardia e outros pecados, e a resolução de Cristo em amor e misericórdia de levar o juízo desses pecados e desfazê-los. É impossivel que encaremos a cruz de Cristo com integridade e não sitamos vergonha de nós mesmos. Apatia, egoísmo e complacência vicejam em todos os lugares do mundo, exceto junto à cruz. Aí, essas ervas nocivas secam-se e morrem. São vistas como as coisas horríveis e venenosas que realmente são. Pois se não havia outro modo pelo qual o Deus justo pudesse justamente perdoar a nossa injustiça, a não ser que a levasse sobre si mesmo em Cristo, deve ela, deveras, ser séria. Só quando vemos essa seriedade é que, desnudados de nossa autojustiça e autossatisfação, estamos prontos para colocar nossa confiança em Jesus Cristo como o Salvador de quem urgentemente necessitamos.
Segunda, a maravilha do amor de Deus deve ir além da compreensão. Deus podia, com justiça, ter nos abandonados ao nosso próprio destino. Ele podia ter nos deixado sozinhos para colhermos o fruto de nossos erros e perecermos em nossos pecados. É isso o que merecíamos. Mas ele não nos abandonou. Por causa do seu amor por nós, ele veio procurar-nos em Cristo. Ele nos foi ao encalço até mesmo na desolada angústia da cruz, onde levou o nosso pecado, a nossa culpa, o nosso juízo e a nossa morte. É preciso que o coração seja duro e de pedra para não se comover face a um amor como esse. É mais do que amor. Seu nome correto é "graça", que é o amor aos que não o merecem.
Terceira, a salvação de Cristo deve ser um dom gratuito. Ele a "comprou" para nós com alto preço de seu próprio sangue. De modo que o que nos resta pagar? Nada! Visto que ele reivindicou que tudo estava "consumado", nada há com que possamos contribuir. Não, é claro, que agora temos a permissão de pecar e podemos sempre contar com o perdão de Deus. Pelo contrário, a mesma cruz de Cristo, que é o fundamento de uma salvação gratuita, é também o incentivo mais poderoso a uma vida santa. Mas essa nova vida vem depois. Primeiro, temos de nos humilhar aos pés da cruz, confessar que pecamos e nada merecemos de suas mãos a não ser o juízo, agradecer-lhe a nos ter amado e morrido por nós, e receber dele um perdão completo e gratuito. Contra essa humilhação própria o nosso orgulho se rebela. Ressentimos a ideia de que não podemos ganhar- nem mesmo contribuir- para a nossa própria salvação. De modo que tropeçamos, como disse Paulo, na pedra de tropeço da cruz. (1Coríntios 1.23- Gálatas 5.11- Romanos 9.32- 1Pedro 2.8- Mateus 11.6).

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Cristianismo sem Cristo

Voltemos a analizar, algumas questões, que são levantadas no Livro Cristianismo sem Cristo, na qual Michael Horton, nos diz que, é mais tolice que heresia que está nos matando. Deus não é negado, mas banalizado - usado para nossos programas de vida, e não recebido, adorado e usufruído. A pergunta, que Horton nos faz é essa, terá Cristo vindo meramente para melhorar nossa existência em Adão ou para terminá-la, arrebatando-nos para a sua nova criação? Será o cristianismo somente sobre tranformação espiritual e moral, ou sobre a morte e a ressureição - juízo e graça radical? É a Palavra de Deus um recurso para o que já decidimos que queremos e precisamos, ou é Deus vivo crítica ativa da nossa religião, moralidade e experiência piedosa? Em outras palavras, a Bíblia é a história de Deus centrada na obra redentora de Cristo, que reescreve nossas hístorias, ou é algo que usamos para tornar nossas histórias um pouco mais emocionantes e interessantes? Incapazes de pregar a Cristo e este crucificado, nós pregamos a humanidade e esta melhorada. Portanto, religião, espiritualidade e seriedade moral - que, segundo Paulo, têm "forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder" (2Tm 3.5) - podem continuar a prosperar em nosso meio precisamente porque evitam o escândalo de Cristo. Ninguém vai criar confusão se você achar Jesus útil para seu bem-estar pessoal e relacionamentos, ou mesmo se você pensar que ele foi o maior homem da História - um modelo digno de devoção e de imitação. No entanto comece a falar sobre crise real - na qual nossos melhores esforços são como trapos imundos e Jesus veio para carregar sobre si a condenação dos pecadores desamparados, que põem sua confiança nele e não em si mesmos - e as pessoas começam a se mexer em seus lugares, até mesmo nas igrejas. Discipulado, disciplinas espirituais, mudaça de vida, transformação cutural, relacionamentos, casamento e família, estresse, dons espirituais, dons financeiros, experiências radicais de conversão, curiosidade do fim dos tempos e relatos de superação de obstáculos significativos por meio do poder da fé - esta é a dieta constante que estamos recebendo hoje. Corremos o risco de nos consumir inteiramente, porque tudo gira em torno de nós e do nosso trabalho e não ao redor de Cristo e sua obra. De tudo isso Michael Horton nos faz lembar, que esse tem sido, o Evangelho alternativo da igreja atual.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Nossa fé e prática são culturais ou cristãs de fato?

No livro cristianismo sem cristo, Michael Horton, nos acusa de termos conseguido o que nunca foi realizado em toda história da cristandade. De alguma forma, conseguimos pregar Cristo crucificado de tal maneira, que poucos são ofendidos; o que foi uma vez um Deus que não se deixa controlar, de repente, parece bonzinho, e o evangelho faz todo sentido - assim como estamos acostumados a fazer sentido. Para Horton, nós simplismente não podemos suportar nos submetermos às maquinações de um Deus vivo, determinando a nos ter em seus termos e não nos nossos. Então, inventamos um deus em nossos próprios termos. Um cristianismo contemporâneo frouxo é o resultado. Nessa saga, as raízes do nosso mal-estar teológico atual são expostos, e vemos os caminhos errados que tomamos quando começamos a nos levar mais a sério que a Deus. Horton alegremente nos relembra de que o pensamento teólogico é mais interessante que todas as distrações que nos mantêm ocupados, porém desnutridos. O argumento de Horton é maravilhoso, se não vejamos: É fácil desviarmos a atenção de Cristo como a única esperança para os pecadores. Quando tudo é medido pela nossa felicidade e não pela santidade de Deus, o sentimento de sermos pecadores se torna secundário, talvez mesmo ofensivo. Se formos um povo bom que perdeu o caminho, mas com intruções e motivações corretas, podemos nos tornar pessoas melhores, precisamos apenas de um treinador de vida, não de um redentor. Aí somos embalados para domir enquanto aparamos nossa mensagem para caber na banalidade da cultura popular e invocamos o nome de Cristo por qualquer coisa, exceto pela salvação do juízo vindouro.
Para Horton, a igreja de hoje está tão obcecada em ser prática, relevante, útil, bem-sucedida e, talvez, até mesmo aceita, que ela quase reflete em si mesma o mundo. A idéia é essa, se você não consegue fazer que as pessoas fiquem melhores com varas, use incentivos. E em todas as aboradagens, há a tendência de fazer de Deus um personagem coadjuvante no filme da nossa própria vida, em vez de sermos reescritos como novos personagens no drama da redenção de Deus. O foca parece ser nossa pessoa e atividade, em vez de Deus e sua obra em Jesus Cristo. Além da pregação, nossas práticas revelam que estamos focados em nós mesmos e em nossas atividades mais que em Deus e em sua obra salvadora entre nós. Em todos os sentidos, a busca pelo sagrado é, em grande medida, orientada para o que acontece dentro de nós, na nossa prórpria experiência pessoal, e não no que Deus fez por nós, na História. Em lugar de deixar que habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamnete em toda sabedoria, louvando a Deus, com salmos e hinos, cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração (Cl 3.16), o propósito de cantar ( a "hora de adoração") parece hoje mais concentrada na nossa oportunidade de manifestar nossa devoção individual, experiência e compromisso. Vamos à igreja, ao que parece, mais para celebrarmos nossa própria transformação e para recebermos novas ordens de marcha para transformar a nós mesmos e o nosso mundo que sermos modificados pelo evangelho. Em vez de sermos arrebatados para o mundo de Deus, chegamos à igreja para descobrir como podemos tornar Deus relevante para o mundo real que o Novo Testamneto identifica como aquele que, na realidade, desaparece. A precupação de Horton é que estamos chegando, perigosamente, perto do lugar da vida cotidiana da igreja em que a Bíblia é minada por citações relevantes, mas é, em grande parte, irrelevante em seus próprios termos; Deus é usado como recurso pessoal, em, lugar de ser conhecido, adorado e confiado; Jesus Cristo é um treinador com um plano de jogo bom para nossa vitória, em vez de um Salvador que já alcançou a vitória para nós; a salvação é mais uma questão de ter nossa vida melhor agora que ser salvo do julgamento de Deus pelo próprio Deus, e o Espírito Santo é uma tomada elétrica que podemos ligar para obter o poder necessário para sermos tudo o que podemos ser. Longe de entrar em conflito com a cultura do consumismo, a religião atual parece não só estar em paz com o narcisismo, mas lhe empresta legitimidade espiritual. Nesse universo religioso, Deus e Jesus são importantes. porém mais como parte de elenco de apoio do nosso próprio show. Estamos igualando as pertubadoras e desorientadoras novas do céu à banalidade de nossas próprias necessidades imediatas sentidas, que interpretam Deus como um comprador pessoal para os adereços do nosso filme-vida: felicidade como entretenimento, salvação como bem-estar terapêutico e missão como êxito pragmático unicamente medido em termos de números. Nos dias atuais, quando se dá valor para o evangelho, frequentemente ele é um meio para um fim, como transformação pessoal ou social, amor e serviço ao nosso próximo e outras coisas, que, em si, são efeitos maravilhosos do evangelho. No entanto, as boas-novas a respeito de Cristo não é um trampolim para algo maior e mais relevante. Percebendo ou não, no universo não há nada mais relevante para nós, culpados portadores da imagem de Deus, que a boa notícia de que ele encontrou uma forma de ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus (Rm 3.26 ). Ele é o poder de Deus para a salvação (Rm 1.16 ) não só para o começo, mas para o meio e o fim também - a única coisa que cria o tipo de mundo novo ao qual nossa obediência corresponde como uma resposta razoável. Na experiência, comprovada por inúmeras histórias de outras pessoas, crentes que desafiam o processo antropocêntrico de banalizar a fé são mais propensos a ser perseguidos- ou, no mínimo, vistos como problemáticas- pela igreja deles. Em fim, a grande preocupação não é que Deus seja tratado de forma tão banal na cultura, mas que não seja levado a sério em nossa própria fé e prática.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Deus ou o "Eu" no centro?

De um ponto de vista prático, os defensores do livre-arbítrio estão interessados em não deixar espaço para as desculpas daqueles que impu-tão seus próprios pecados à fraqueza da natureza humana. Assim, a diferença entre Predestinação e livre-arbítrio é que o primeiro não estar disposto a abandonar a absoluta necessidade, da graça, mesmo enquanto defende a liberdade, enquanto que o último acredita que a doutrina da graça e predestinação é uma ameaça para responsabilidade e liberdade humanas. Para os defensores do livre-arbítrio, a predestinação à qual Paulo se refere não e um decreto soberano de Deus em virtude do qual pessoas são salvas ou condenadas, mas é, ao invés, o pré-conhecimento de Deus do que serão as futuras decisões humanas. "Predestinar é o mesmo que pré-conhecer". A "queda" (pecado de Adão) que afetou de tal forma a totalidade da descendência de Adão que não é mais possível falar de uma total liberdade da vontade. Antes da queda, Adão usufruía de vários dons, dentre os quais aquele livre-arbítrio, que, dava a ele o poder de não pecar, bem como o poder para pecar. Adão não tinha o dom completo da perseverança, isto é, o dom de ser incapaz de pecar, mas ele tinha o dom de ser capaz de perseverar no bem, o poder para não pecar. Depois da queda, ele ainda é livre, mas perdeu o dom da graça que o capacitava a não pecar; agora o homem é livre,pois, somente para pecar. E por causa da herança de Adão, todos os seres humanos estão por natureza na mesma situação. Em resumo, a natureza humana caída é livre somente para pecar. Assim nós sempre usufruímos de uma vontade livre; mas esta vontade não é sempre boa. A opção de não pecar não existe. Isto é o que significa dizer que a natureza humana caída tem liberdade para pecar, mas não tem liberdade para não pecar. Se tudo o que nós podemos fazer é pecaminoso, como poderemos dar o passo que nos levará do nosso estado presente para aquele de redimidos? A resposta é inescapável: por nós mesmos, não somos capazes de dar esse passo. Este é o ponto central da polêmica entre Graça-Predestinação contra livre-arbítrio. Na verdade, a doutrina sobre a predestinação se origina não apenas de uma necessidade lógica a partir da doutrina da graça, mas também e principalmente da experiência da conversão humana e da exegese bíblica. Assim, a ordem lógica seguida nessa exposição não deve dar a impressão de que apenas são pensamentos abstratos que estar mais interessado em rigor lógico do que na verdade existencial.
É importante dizer que a graça não nos força a tomar uma decisão contra nossa própria vontade. Ao contrário, Deus, por meio da graça, ativa a vontade, fortalece e a estimula, de tal modo que a própria vontade, sem nenhuma coerção, deseja o bem. Nós não salvamos a nós mesmos, nem somos salvos contra vontade. Nem a graça de Deus sozinha, nem o homem por si só, mas a graça de Deus com ele. A graça move a vontade, mas somente por meio de uma "violência suave" que age de tal maneira que a vontade concorda com ela. Isto imediatamente levanta a questão da predestinação. Se a salvação é possível apenas por meio da graça, e se essa graça não depende de nenhum mérito da parte daquele que a recebe, segue-se que é Deus, por meio de sua soberana liberdade e ato, quem decide quem deve receber esse dom imerecido. A doutrina da predestinação nasce não de considerações especulativas a respeito da onisciência ou onipotências divinas, mas, ao invés, a partir de considerações soteriológicas e existenciais, numa tentativa de afirmar que a salvação humana é o resultado imerecido do amor de Deus. Assim, a doutrina da predestinação não é uma tentativa de conciliar a onisciência divina com a liberdade humana, mas uma tentativa de testemunhar a absoluta primazia de Deus na salvação humana - "Deus no centro".

domingo, 21 de agosto de 2011

REPRESENTAÇÃO!!!

Representação é uma forma de interpretação da realidade, proposta pela sociologia. As interpretações de significado da história, do ponto de vista das representações é interessante "em certo sentido" porque leva-nos a questionar algumas realidades que achamos tão "natural"; e que muita das vezes levamos até as ultimas consequencias e nem é pra tanto. Por outro lado ("ou em outro sentido") a interpretação representativa deixa a desejar pois não leva a sério a dignidade da vida humana. (a final de contas não estamos num matrix). Essa forma de ver a realidade não leva em consideração que o ser humano é um ser moral ( ou ao menos tem um senso de dever moral) e que em geral essa moralidade nasce da comunição daquilo que de fato é "natural" ao homem. Por isso é muito mas facil falar de representação em relação ao homosexualismo do que em relação a pedofilia, pois mesmo em um tempo de tanta perversão o ser humano ainda sera respossabilizado por suas ações. Os intepretes das "representações" não conseguem ver que as representações humanas das realidades são apenas reflexos "do homem interior", como disse Jonh Stott: "A cultura é ambígua porque o homem é ambíguo. O homem é nobre, porque foi feito à imagem de Deus; é ignóbil, porque é decaído e pecador. E sua cultura reflete fielmente esses dois aspectos. ( Jonh Stott comenta o pacto de Lausanne, visão mundial, 1979, p 26). A representatividade começa com o homem, como sendo, a medida de todas as coisas, o homem como um fim em si mesmo. Portanto nessa forma de interpretação não cabe tratado sobre divindade pois, o ponto de partida é o homem e o homem soberano, (ele atribui o significado de tudo) nessa compreensão o homem é supremo. A negação da divindade estar no centro do conceito da representatividade. E com essa negação a história fica totalmente destituida de significado, pois sendo o homem o ponto de partida para a compreensão de toda realidade a subjetividade humana torna impossivel o encontro de objetividade na leitura hitórica, não se pode saber para qual devido fim o homem e o mundo foram criados na realidade nessa cosmovisão (representação) nem o homem nem o mundo foram criados eles apenas surgem. A carta de Paulo aos romanos no capitulo 1.v18 diz que: "A ira de Deus" se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; a divina e justa retribuição do Juiz e sua reação pessoal, provocada pelo mal "moral" é o que esse verso significa. "Impiedade e perversão"; a ordem das palavras pode ser significativa - visto que a decadência moral segue-se à rebilião teológica. " Que detêm a verdade"; não significa que a verdade seja buscada mas não possa ser achada, mas que, confrontada com a verdade, a humanidade caída busca impedir e obstruir a sua influência, a razão pela qual torna-se "indescupável". 1v19 diz que: "Porquanto o que de Deus se pode conhecer"; Paulo salienta aqui a "realidade" e a "universalidade" da revelação divina, que é perpétua (desde o princípio do mundo) e claramente perceptível, a invisibilidade, a eternidade e o poder são atributos divinos expressos em e através da ordem criada. 1v21 diz: "Tendo conhecimento de Deus"; com essas palavras, Paulo salientou que a humanidade não somente tem a oportunidade de conhecer a Deus por meio da criação, mas também que essa revelação produz um "real" conhecimento, o pecado da humanidade consiste na recusa do indivíduo de reconhecer o que já se sabe ser verdade, a consequencia de terem rejeitado a Deus foi que suas mentes e corações se obscureceram, a recusa de honrar a Deus leva todos os esforços intelectuais à frustração. 1v22-23 diz: "Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível"; a arrogância intelectual, na presença de Deus, 'exibe um senso de valores invertido'; a adoração a Deus é trocada pela devoção a ídolos feitos por homens e que refletem os homens, o efeito da perversão da adoraçõo instintiva a Deus é a perversão de outros instintos, que se afastam de suas funções apropriadas. A consequência e a degradação do corpo, a dominação da concupiscência, a desintegração daquilo que é verdadeiramente "natural" e a escravidão a paixões incontroláveis. 1v28 diz: "Por haverem desprezado... O próprio Deus os entregou"; o pecado produz o desdém pelos 'reais valores' e se arisca a ser deixado por Deus a um espírito de lincenciosidade. 1v32 diz: "Conhecendo eles a sentença de Deus"; Paulo via como evidências da culpa e da servidão ao pecado o fato de que o conhecimento do juízo divino não atua mais como força de restrição, antes, torna-se motivo para mais rebelião ainda, sob forma de encorajar outros ao pecado. Este texto confirma que parte da revelação de Deus, mediante a natureza comunica seu caráter moral e um senso de dever moral por parte da humanidade.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O CONHECIMENTO DE DEUS

Já foi dito por alguém que: "o estudo da humanidade é o próprio homem". Não me oponho a idéia, mas creio ser igualmente verdadeiro que o estudo correto do eleito de Deus é Deus, o estudo apropriado ao cristão é a divindade. A mais alta ciência, a mais elevada especulação, a mais poderosa filosofia que possa prender a atenção de um filho de Deus é o nome, a natureza, a pessoa, a obra e a existência do grande Deus, a quem chamamos de Pai. Oséias 6:3-6 diz: Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor... Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o "conhecimento de Deus", mais do que holocaustos. Em Filipenses 3:7-11 é nos dito que o conhecimento é mais importante que tudo, na verdade Paulo diz: "considero perda"... "considero como refugo", a palavra grega empregada em sentido figurado; seu significado literal é "lixo" e já foi traduzido como "estrume" é jogado fora com aversão qualquer coisa que possa inteferir na "sublimidade do conhecimento de Cristo". Portanto qual pessoa em boas condições mentais passaria o seu tempo pensando em "lixo", "estrume", no entanto é exatamente isso que fazemos! Não há conhecimeto de Deus, nem de suas obras nos dias atuais; certa feita, perguntaram a Jonh Stott em uma entrevista, após tantos anos dedicado à igreja, como o senhor a enxerga? Stott respondeu: "Vejo crecimento sem profundidade muitos quilômetros de extenção, poucos sentimetros de profundidade". Vivemos em uma época de muita superficialidade, a meditação na palavra, a leitura, pode ajudar a igreja. Ler é viver, a vida não consiste apenas de comer, beber, dormir é preciso alimentar a nosssa mente e o tipo de alimento que damos a nossas mentes determinarão que tipo de pessoas seremos. Nenhum tema comtemplativo tende a humilhar mais a mente do que os pensamentos sobre Deus mas, ao mesmo tempo, porém que este assunto humilha a mente, também a expande. João 8:32 diz: "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". João 17:3 diz: " e a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdaeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviastes". O verdadeiro conhecimento de Deus equivale a vida eterna; "Deus nos criou para ele mesmo, de modo que nossas almas não descansam até que descansen Nele", como disse Agostinho. E como disse João Calvino : " O conhecimento de Deus não está posto em fria especulação, mas lhe traz consigo o culto". "Conheçamos e Prossigamos em Conhecer ao Senhor"!